Quem sou eu

promove encontros que facilitam o compartilhar de experiências relacionadas ao cotidiano de mulheres e homens do século XXI. Trocar experiências e delinear o auto-conhecimento fazem parte desta proposta que tem as psicólogas Adriana Roitman e Patricia Banheti como coordenadoras.

Nossa história


O Beneditta nasceu a partir de um desejo de trabalhar com grupos. Nossa trajetória começou em 2007, quando, através de trabalho voluntário, criamos um grupo terapêutico para mães de crianças em tratamento oncológico, entre outros, dentro da Casa Assistencial Maria Helena Paulina – Apoio à criança com câncer, na cidade de São Paulo.

O objetivo deste grupo era promover um espaço seguro para dialogar com pares na mesma situação, acolhendo e dando suporte para as questões que permeavam este grupo especial.

Ao perceber que esta aspiração encontrava eco, este trabalho foi tomando forma e, adicionado a cursos específicos que aprofundaram nosso olhar em relação à atuação com grupos, fundamos, em 2009, nosso primeiro grupo feminino. Esta trajetória ganhou corpo com novas formações em 2010, o que gerou novos olhares dentro da perspectiva deste trabalho.

Atualmente o Beneditta conta com dois grupos fixos femininos, além de realizar grupos focais ao longo dos semestres.Este caminhar tem como missão, promover encontros terapêuticos fundamentados na riqueza das trocas entre os participantes, no acolhimento e na confiança do poder transformador destes.


terça-feira, 15 de junho de 2010

Ritmos - Você respeita os seus?


Acordar cedo, levantar da cama após às dez, não levantar antes do meio dia, madrugar no escritório, produzir à tarde, trabalhar à noite, transar de manhã, namorar antes de dormir, relaxar tomando um café às quatro da tarde, fazer a siesta, jogar tênis às sete da matina, fazer aula de aeróbica às seis da tarde, frequentar cursos à noite, comer chocolate na TPM, tomar um chá para dormir bem, sair de casa sempre com antecedência para evitar o stress, fazer mil coisas ao mesmo tempo, enfim, cada uma tem seu ritmo para fazer as coisas, pensar, amar, criar, ser!
Você sabe qual é o seu ritmo? E quanto você se apropria dele?
Será que sabemos reconhecer nossos ritmos ou não temos tempo de olhá-los e legitimá-los?
Será que os respeitamos ou os atropelamos em função do trabalho, do marido, dos filhos, da estética, entre outros?
Parece, muitas vezes, que a vida é um sem fim de obrigações onde nossa forma de estar no mundo não é considerada. E, na verdade, se não nos empenhamos em dar um "toque pessoal" à nossa existência, fica difícil distinguir o que é nosso, o que é do outro, o que é construído junto, o que é dado pela sociedade, pela família...
Reconhecer o próprio ritmo requer um olhar atento ao próprio corpo, às reações fisiológicas, ao humor! Perceber se é mais gostoso levantar domingo cedo e ir ao parque ou tomar café na cama, lendo os jornais até as duas da tarde...se é mais produtiva de madrugada, enquanto o mundo dorme ou se o barulho é essencial para a concentração...isso é estar atenta à sua forma de ser, de se relacionar, de levar a vida!
Claro que as fases da vida trazem a necessidade de adaptação...não adianta, não há escola que comece às quatro da tarde e acabe às dez, não dá pra falar para o filho de um ano que aos domingos é proibido acordar antes das onze...às vezes, o ritmo dos outros e do mundo se sobrepõe, mas a consciência de qual é o nosso já é um grande passo. Ao observar-se, abrem-se portas para o auto conhecimento, para a possibilidade de em algum momento da vida viver de acordo com os próprios desejos, em consonância com seu ritmo!

Adriana Roitman