Quem sou eu

promove encontros que facilitam o compartilhar de experiências relacionadas ao cotidiano de mulheres e homens do século XXI. Trocar experiências e delinear o auto-conhecimento fazem parte desta proposta que tem as psicólogas Adriana Roitman e Patricia Banheti como coordenadoras.

Nossa história


O Beneditta nasceu a partir de um desejo de trabalhar com grupos. Nossa trajetória começou em 2007, quando, através de trabalho voluntário, criamos um grupo terapêutico para mães de crianças em tratamento oncológico, entre outros, dentro da Casa Assistencial Maria Helena Paulina – Apoio à criança com câncer, na cidade de São Paulo.

O objetivo deste grupo era promover um espaço seguro para dialogar com pares na mesma situação, acolhendo e dando suporte para as questões que permeavam este grupo especial.

Ao perceber que esta aspiração encontrava eco, este trabalho foi tomando forma e, adicionado a cursos específicos que aprofundaram nosso olhar em relação à atuação com grupos, fundamos, em 2009, nosso primeiro grupo feminino. Esta trajetória ganhou corpo com novas formações em 2010, o que gerou novos olhares dentro da perspectiva deste trabalho.

Atualmente o Beneditta conta com dois grupos fixos femininos, além de realizar grupos focais ao longo dos semestres.Este caminhar tem como missão, promover encontros terapêuticos fundamentados na riqueza das trocas entre os participantes, no acolhimento e na confiança do poder transformador destes.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Falando em culpa...



A culpa é tema constante na clínica. Aparece sob vários disfarces ou é escancarada em discursos autodepreciativos. É uma emoção que se apresenta à nossa consciência através da sensação de sermos indignos, maus, e nos brinda, ainda, com remorso e censura. Geralmente é o resultado de muita raiva guardada que se volta contra nós mesmos.

Se apresenta também quando valorizamos demais nossas falhas, erros e imperfeições, gerando crenças infundadas ao nosso respeito.
A partir deste autojulgamento implacável  nos punimos, sofrendo emocional e psiquicamente as conseqüências desta autodepreciação... sem dó nem piedade.

Pessoas que se preocupam excessivamente com a opinião dos outros, que têm dificuldade em dizer não, que precisam agradar e não se sentem merecedoras de coisas boas são grandes vítimas deste famigerado sentimento.

Outros, ainda, podem se sentir culpados pelo conceito de pecado imposto por muitas religiões, pela manipulação de uma  sociedade arcaica com  seus preconceitos e expectativas  irreais que trazem a sensação de não sermos o bastante, dignos, bons, brilhantes...

Remorso, tristeza, sofrimento, imobilidade e, muitas vezes, doenças, são o resultado deste sentimento que não leva a lugar nenhum. Se trocássemos a palavra culpa por responsabilidade talvez mudássemos a perspectiva sobre nossos atos e sobre nós mesmos. Ao nos culpar ficamos na estagnação da vítima, que nada tem a fazer – apenas sofrer.

Quando, ao contrário, nos responsabilizamos, olhamos nossos atos e sentimentos sob a luz da transformação, saímos do passado e nos voltamos para o presente revendo comportamentos e sentimentos. Ao  aceitar nossas imperfeições, tratamos de aprender com os erros. Este simples trocar de verbo proporciona crescimento e faz com que acreditemos na capacidade de nos modificar, mudando a forma de sentir e de estar no mundo.

Adriana Roitman